quinta-feira, 17 de abril de 2008

Relato da Prova da RGP

1973. Evolução nos ralis em Portugal através de uma nova filosofia com provas mais duras. Surgem equipas interessadas. Uma delas, a equipa Torralta, apresenta-se com três Fiat 124 Spyder entregues a Luís Neto, Carpinteiro Albino e Mário Figueiredo e iria defrontar-se com uma outra, a Vip Racing Team com os Porsche 911 para Américo Nunes e Giovani Salvi e com alguns independentes, tais como António Borges com o Renault Alpine e António Carlos de Oliveira ainda com o Datsun 240 Z.

A vitória do Campeonato Nacional de Ralis sorriu a Luís Neto e lá como cá, no Memorial Carpinteiro Albino, a saga dos 124 spyder continua a perdurar, agora pelo dedo de Filipe Pires, no “acelarador”,a demonstrar que o binómio carro/piloto também está suficientemente forte em relação à concorrência dos Porsche, Datsun e BMW.

A 5ª prova do Memorial Carpinteiro Albino, na RGP, em S. Domingos de Rana, foi mais uma agradável surpresa, conseguindo manter o interesse dos participantes , em numero de 32, cuja boa disposição se continua a manter ao longo de cada evento.

Desta vez, fomos surpreendidos por uma prova delineada entre montes e vales, subidas e descidas, algumas ratoeiras sempre indispensáveis, sem, contudo,deixar de haver partes estratégicas onde se poderia ganhar tempo.

Pela morfologia do terreno, eu, denominá-la-ia de Rali da Madeira.

Das forças em presença, algumas surpresas. Se Bruno Mendes voltou e demonstrar ser um dos possíveis candidatos à vitória final, ganhando o rali à geral e na Categoria de Históricos 65, há que realçar a presença no lugares cimeiros de Carlos Ferrari, impressionante com o seu Jaguar XK 120, 2º lugar e Catarina Teixeira a chegar ao pódio, mercê de uma prova isenta de erros, provavelmente por lhe fazer lembrar a sua terra natal.

Se calhar pelo mesmo motivo, Filipe Pires mostrou-se à altura das suas intenções relativamente ao resultado final deste Memorial, ganhando o grupo Históricos-74.

Logo a seguir aparece outra surpresa, não pelas suas aptidões para os slots já demonstradas, mas por ter conseguido resolver os problemas do seu bonito Lancia Fulvia HF.

Para o acompanhar, mas no lugar mais abaixo, classificou-se Luís Santos no BMW 2002.

Entre os jovens, Ricardo Almeida no Ferrari Testa Rossa, deixou os adversário a léguas, conseguindo mesmo um brilhante 6º lugar da geral.

Neste grupo dos mais novos, com muita vontade de continuar, pudemos contar com Marta Martins, o que foi uma estreia absoluta.

E por falar em estreias, uma palavra de apreço para Jorge Gregório a trocar o Lótus Cortina por uma Datsun 240 Z, uma réplica bem conseguida do carro de fábrica cedido a Mário de Figueiredo para disputar o Rali TAP em 1974.

A partir desta prova vão começar a definir-se os lugares e as pontuações uma vez que só contarão para a classificação deste Memorial os melhores 6 resultados, pelo que ainda nada está definido, muito embora já se descortinem alguns pretendentes.

Aguardemos pela próxima prova, também ela diferente das anteriores, como aliás tem sido apanágio.




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