quinta-feira, 17 de abril de 2008

Rallye das Camélias

Enquanto se aguarda pela próxima prova a decorrer em S. Domingos de Rana, outros organizadores aprontam-se para que a qualidade das provas seja sempre a subir.

Está neste caso o Slot Arrábida que terá a responsabilidade de fazer também a prova do 200 À HORA (31 de Maio)

E como este Memorial Carpinteiro Albino está a ser dedicado a duas categorias distintas, Históricos-65 e Clássicos-74 e como as provas organizadas até ao momento têm sido idealizadas segundo o critério de troços cronometrados, próprio dos anos-70, porque não pensar-se em organizar uma prova segundo os padrões dos anos 60?

Partindo deste conceito, a prova a realizar no próximo dia 3 de Maio terá um cariz diferente e será uma réplica de um dos mais prestigiados da sua época, considerado o ex-libris dos ralis do Sul, denominado “Rali das Camélias”.

O Slot Arrábida irá, por isso, recrear essa prova mítica corrida em Sintra e especificamente a do ano de 1967.

O conceito dos ralis desta época, baseavam-se fundamentalmente em percorrer um determinado percurso, em estrada aberta, a prova de estrada, com uma média pré definida pela organização e em cujo percurso eram colocados controles horários.

Em 67, O Clube Arte e Sport, iniciou uma nova era em que, sendo o rali durante a noite, poderia “facilmente” fazer-se o percurso a uma média de 60 Kms/hora. Para que fosse difícil, as habilidades consistiam em “cortar Kms”, porem-se controles à entrada de curvas onde os concorrentes menos advertidos penalizavam por avanço por entrar nos controles cedo demais e também se usava aplicar-se uma série de controles muito seguidos e com controladores muito lentos a escrever o tempo na carta de controle, tornando quase impossível cumprir a média.

Para além da estrada havia que contar com as provas complementares, e aí sim, porque tinha que ser percorrida contra o relógio, tinha quase que a mesma finalidade dos troço cronometrados, isto é, saber quem era mais rápido que o outro.

Neste ano, havia que contar, em termos de provas complementares com uma,denominada de “arranque e travagem” , mais conhecida pela “Volta do Duche”, em Sintra, entre o palacete dos serviços municipalizados, com uma curva direita junto à entrada do Parque do Palácio de Valenças, terminando no entroncamento que dava acesso aos antigo Quartel dos Bombeiros, hoje o Museu do Brinquedo.

Para finalizar, uma prova de circuito na Granja do Marquês, onde não interessava a classificação da manga , mas sim o tempo percorrido.

Para vos deixar com água na boca, proximamente irei colocar um texto escrito numa revista que já não existe, O Jornal dos Clássicos, escrito pelo meu amigo “Peewee”, a atravessar um período muito difícil da sua vida em termos de saúde, onde ele faz um relato pormenorizado de como as coisas se faziam naquele tempo.

E como se pode fazer este esquema em slot? É simples, a organização determina o tempo a fazer-se em cada percurso, ou troço de estrada, e sabendo quanto tempo se tem que fazer por volta, como o DS informa do tempo que se levou a percorrer em cada volta e havendo alguém que o transmita ao piloto, qual navegador, este perceberá se está adiantado o atrasado. No caso de estar adiantado , apenas terá que manter o andamento e antes de cortar a meta, pára antes do controle e fica aguardando pela sua hora de entrada , havendo dois (2) segundos de tolerância. Se pelo contrário,estiver atrasado, só tem é que andar mais depressa e cortar a meta logo que possa.

Porque isto pode parecer complicado, iremos fazer uma prova extra, que não conta para o Memorial Carpinteiro Albino, mas que servirá apenas como experiência para quem se prontificar a aparecer.

Oportunamente daremos notícias, nomeadamente sobre a data dessa prova e qual o local onde se irá realizar

"O Reporter"

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