quinta-feira, 17 de abril de 2008

Os Turismos da nossa junventude

O título desta crónica só vai servir para alguns, já que os mais novos só conseguem ver os “carros de corrida” durante as provas, enquanto nós, os mais velhinhos, podíamos deliciar-nos com os ditos a andar normalmente pelas ruas para, no fim de semana, os aplaudirmos nos ralis ou circuitos. Outros tempos …

Se analisarmos as performances dos nossos modelos, vamos descobrir que os fabricantes não conseguíram melhorá-los entre si comparativamente aos “a sério” na sua época. Daí o nosso gozo.

Assim, entre os Clássicos-74, os BMW 2002 ti conseguem equiparar-se aos Ford Escort MK I, ficando o Alfa Romeo à espera de um deslize.

Também nos Históricos-65, o Lotus Cortina era o “carro ganhador”, mas os Fiat Abarth 1000 conseguiam “fazer-lhes cócegas”. Quando bem guiados, limpavam, quase sempre a classe).

Depois havia os Cooper S, os Renault Gordini, os NSU TT, mas aqui pelo Memorial, ainda ninguém apostou nestes carros. Mas se isto que escrevi tiver alguma lógica, então vale a pena experimentá-los.

Esta reflexão serve apenas de intróito para se tentar apreciar, ao fim de três provas do Memorial Carpinteiro Albino, a classificação para a taça reservada aos modelos do grupo Turismo que reproduzem automóveis que fizeram história em Portugal.

Muito embora a pontuação considerada seja aquela que efectivamente os concorrentes obtiverem nas provas, a verdade é que, analisando a classificação do Memorial Carpinteiro Albino, a liderança , até agora, conseguida pelo BMW 2002 ti de Jaime Almeida, não é segura já que outro BMW 2002 ti, o de Luís Santos, se encontra somente a 4 pontos, que por sua vez, começa a ser ameaçado pelo Alfa Romeo de Luís Cardoso, a subir de forma, mas não o suficiente para não ter que se defender do Lótus Cortina de Jorge Gregório, que, por sua vez, tem o Fiat Abarth do Ivo Tavares que, com ganas de o passar tem que se defender como pode do Saab 96 de Fernando Maia, a contas com o Fiat 850 TC de João Tavares, com o Ford Escort do Vasco Teixeira a “dar-lhe água pela barba”, e mais o BMW 2002 ti de Luís Góis, todos a espreitar … Uuufa ! ! Curiosamente infernal !!

Para concluir, direi que está a ser uma luta muito engraçada de seguir nos “próximos episódios” e que vem constatar os primeiros pensamentos. Será que os Clássicos-74, muito embora pertençam à nova geração, conseguirão aguentar o ritmo dos Históricos-65, com “menos cavalos” mas muito polivalentes ? A não perder …!!!

MR

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