sexta-feira, 27 de junho de 2008

Relato da Ultima Prova

RALI SLOT ARRÁBIDA NO BARREIRO

Não há dúvida de que o “slot car” está de “boa saúde e recomenda-se”.

Depois de se ter iniciado, em Novembro, o muito badalado MEMORIAL CARPINTEIRO ALBINO, um projecto envolvendo vários clubes organizadores de ralis/slot destinados a modelos clássicos, com uma elevada participação e depois de termos assistido a dois eventos, brilhantemente organizados pela J.P.-Racing , do Cartaxo, as 24 Horas Slot.it, prova inserida num campeonato europeu da modalidade e o Raid de Todo o Terreno, surge agora a vez do Slot Arrábida organizar um rali/slot, no Parque da Cidade do Barreiro, num espaço gentilmente cedido pela edilidade que achou interessante poder-se inseri-lo nas festa dos Santos Populares, o que propiciou a possibilidade de dar a conhecer ao grande público uma actividade de tempos livres que tem atraído cada vez mais pessoas.

Com essa finalidade, e sempre que não decorria nenhuma prova, os visitantes foram convidados a fazer o seu “baptismo de voo” o que tornou o espaço pequeno para tantas pessoas.

Por forma a poder ser participado por um maior números de praticantes interessados nestas provas, o Slot Arrábida reservou a 6ª feira à noite, a tarde de Sábado e o Domingo de manhã para se fazer o Rali, deixando para a tarde de Domingo a realização da última prova para os concorrentes ao MEMORIAL CARPINTEIRO ALBINO, que assim se associou a este grande evento.

Embora o velho ditado diga que “o que é bom acaba depressa”, não há dúvida que o mentor deste Memorial, José Carlos Aleixo, teve o mérito de ter proporcionado aos participantes deste evento, cerca de sete meses de uma competição/convívio, que ao chegar ao fim, irá certamente deixar algumas saudades pela participação envolvente que gerou entre todos, concorrentes, organizadores, média, patrocinadores, conseguindo formar um grupo onde a amizade teve nota alta e onde a competição, que também teve que existir, não foi doentia. Talvez por isso, ter parecido um espaço de tempo tão curto.

Como repórter deste Memorial, faço votos para que o slot continue a prosperar e que as organizações tirem elações do que foi este projecto para que o slot continue a perdurar ao longo dos tempos como um hobby criador de convívio e sã camaradagem.

Em termos competitivos, para esta última prova, Filipe Pires, o virtual vencedor do Memorial deu-nos o prazer da sua comparência, num intervalo das provas de automóveis na Madeira e com a vontade que lhe conhecemos de “mostrar serviço”.

Surpresa foi a não comparência de Bruno Mendes, numa altura que lhe faltava a participação numa prova para poder ocupar o 2º lugar absoluto e 1º dos Históricos-65.

Este facto equivalia a uma subida de lugar na classificação a ser ocupada por um dos “sete magníficos” cuja pontuação nesta prova ainda permitiria vir a poder ocupar o 2º lugar, e cuja preocupação agora era também não desperdiçar pontos que poderiam ser “comidos” pelos pilotos presentes, não concorrentes a este Memorial, mas que poderiam ser contemplados com os pontos correspondentes a atribuir a esta prova pela sua classificação.

E é com este espírito que se iniciou a primeira de duas etapas que compunham o rali com Mário Rosas, Porsche 911 Fly a partir ao ataque, ganhando as primeiras 4 PEC’s duma assentada, sempre perseguido a curta distância por Filipe Pires, Fiat 124 Spyder e Rui Magina, Porsche 914 ,com Pedro Figueiras, Ferrari 250 TR Ninco, o melhor dos Históricos a imiscuir-se também na luta.

Filipe Pires ganha a 5ª PEC reduzindo a diferença para o primeiro em 5 segundos e na derradeira PEC da 1ª etapa o 1º era Mário Rosas, Filipe Pires, 2º a 4 segundos, Pedro Figueiras, em 3º a 4,341 segundos, 4º Rui Magina a 6,184 segundos e 5º Isaque Avelino a 7,921 segundos.

Ao iniciar-se a 2ª etapa era curioso perceber-se o interesse entre adversários, a tentarem saber os tempos que cada um ia efectuando, preparando o ataque.

O Porsche verde entre novamente a vencer ganhando mais 1 segundo ao seu tempo anterior. Filipe Pires gasta mais 5,492 segundos com uma “saída de estrada”, Rui Magina apenas mais 1,584 segundos e ultrapassa Filipe Pires.

Na 2ª PEC, Rosas, volta a melhorar o seu tempo em 447 milésimos, mas Filipe faz um tempo canhão, ganha 1,094 segundos e volta a ultrapassar Magina. A luta está empolgante.

Na 3ª PEC o Porsche volta a ganhar apenas por 241 milésimos, perdendo Magina mais 1 segundo. Pedro Figueiras volta a atacar e estabelece a melhor marca e volta a atingir as posições cimeiras.

A 4ª PEC desta 2ª etapa tornou-se ingrata para os primeiros. Mário Rosas teria um despiste com algumas consequências nefastas para a transmissão e perdia um tempo enorme (faria 1,015 segundos); Filipe Pires via descolar-se a cremalheira e fazia 2 minutos. Magina mantinha o seu andamento vivo e Pedro Figueiras voltava a realizar o melhor tempo. Estava lançado o seu ataque a estas “prezas fáceis”.

Faltavam apenas 2 troços para terminar. Rosas defende-se (já não tem carro) ; Filipe Pires não tem possibilidades de reparar, faz uma reparação anti regulamentar e compreendendo a situação retira-se, desistindo. Magina ganha 2 segundos e deixa fugir Pedro Figueiras, contentando-se com o 2º da geral e 1º do grupo dos Clássicos-74.

A vitória à geral cairia assim em Pedro Figueiras, e 1º dos Históricos-65 ; Rui Magina ficaria em 2º da geral, e primeiro Clássicos-74, fazendo uma belíssima prova; Mário Rosas contentar-se-ia com o 3º lugar geral e 2º lugar Clássicos-74, garantindo o 2º lugar na classificação geral do Memorial

A luta nos Históricos-65 já não despertou tanto entusiasmo.

Com Pedro Figueiras, Ferrari 250TR Ninco, a lutar pelos primeiros lugares da geral,, José Carlos Aleixo, Mercedes 300SL Cartronics, longe do andamento dos primeiros na 1ª etapa, encontrava-se em oitavo lugar,e a ideia com que se ficava era a de que se encontravam todos satisfeitos com os lugares que ocupavam.

Engano, já que também estava em jogo a classificação do Memorial. Desde a 1ª etapa desta segunda “ronde”, os interessados mantiveram uma luta sem quartel da qual resultou um salto fantástico de Aleixo que, ao recuperar cerca de 15 segundos ao seu tempo da primeira passagem, conseguiu atingir o 5º lugar , ultrapassando Isaque Avelino e Ricardo Terceiro e conseguindo obter o 2º lugar entre os Históricos-65.

O 3º lugar deste grupo, acabou por pertencer a Ricardo Terceiro.

Entre as Senhoras Catarina Teixeira voltou a ficar à frente das suas mais directas adversárias, Mizé e Elisabete Duarte.

Nos juniores, Ricardo Almeida continuou a não dar hipóteses à sua concorrência, ganhando larga vantagem sobre Vasco Simões.

Finda a prova e de depois de se estabelecer a classificação final deste Memorial Carpinteiro Albino, procedeu-se à entrega de prémios, operação essa que ficou a cargo da senhora representante da Câmara Municipal do Barreiro.

Assim, as Taças ACP correspondentes aos três primeiros lugares foram entregues a:

Filipe Pires
2º Mário Rosas
3º Luís Cardoso

Para os melhores em cada categoria, os prémios gentilmente oferecidos por ACAP e TSR respectivamente destinaram-se a:

Filipe Pires, Fiat 124 Spyder Abarth , Team Slot, melhor GT.
Luís Cardoso, Alfa Romeo Giulia GTA, melhor Turismo.

António Gil, da Topos & Clássicos, júri para a classificação da melhor decoração, atribuiu a prémio ACP ao concorrente:

Mário Rosas, com o Porsche 911 ST / Américo Nunes

Foram ainda distinguidos vários pilotos pelo sorteio de prémios de outros patrocinadores como Quinta do Cabeçote, Importécnica, NINCO e SCX

O Repórter MCA

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